Ainda no século XIX, as potências coloniais europeias decidiram dividir o continente africano
conforme suas necessidades. Foram criadas fronteiras artificiais, não respeitando os antigos limites, ou seja, não levando em conta as diferenças culturais e étnicas dos povos, ora juntando tribos inimigas em um mesmo território, ora separando tribos aliadas.
Décadas mais tarde, com o fim da Segunda Guerra Mundial, a Europa se viu enfraquecida política, econômica e militarmente, o que serviu para desencadear uma série de rebeliões a favor da independência e, consequentemente, com o surgimento de novas nações no continente africano.
Porém, este processo de independência, que se acentuou a partir da década de 1960, não trouxe paz ao continente. Inúmeras guerras civis tomaram conta do território africano, vindo a se agravar ainda mais com a Guerra Fria, onde as duas maiores potências mundiais da época passaram a financiar conflitos no continente, que servia como palco de demonstração de poder dos EUA e URSS.
Com o fim na Guerra Fria, o alinhamento político com os países africanos não interessava mais a
nenhum dos dois países, o que fragilizou os clãs que se mantiveram no poder e incentivou os
adversários a lutarem por seus espaços e direitos perdidos anteriormente, definhando em uma série de guerras civis que duram até os dias de hoje. Para piorar a situação continental, a pandemia de AIDS atinge fatias imensas da população, dizimando tribos inteiras.
A AIDS não encontra mais barreiras no continente africano. Milhares de pessoas contaminam-se diariamente e mais de 10% da população dos países da região subsaariana já sofrem da doença.
A solução desses problemas compreende na superação dos conflitos entre diferentes povos,
acentuados pela grande desordem político-social e também econômica que se encontra boa parte do continente, o que gera consequências cada vez mais caóticas e catastróficas.
Henrique Pontes
Professor de Geografia
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